quarta-feira, 27 de outubro de 2010

SP: compras pela internet superam as realizadas em shoppings, revela pesquisa

UOL Economia

As compras pela internet superaram as realizadas nos shopping centers da Grande São Paulo. De janeiro a julho, o comércio eletrônico brasileiro faturou R$ 7,8 bilhões, contra R$ 7,2 bilhões dos shoppings.No período, o e-commerce registrou crescimento de 41,2%, em comparação com os primeiros sete meses do ano passado.

 

Os dados fazem parte de um estudo realizado pela Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), em parceria com a e-bit, e divulgado nesta segunda-feira (27).

Somente na RMSP (Região Metropolitana de São Paulo), as vendas pela internet movimentaram R$ 1,25 bilhão de janeiro a julho, alta de 29,3%, frente a igual período de 2009. Somente no sétimo mês do ano, esse setor do varejo foi responsável por 2,3% do total das vendas.

“Estima-se que o comércio eletrônico cresça na ordem de 30% ao ano e, se isso acontecer, nos próximos dois anos as vendas desse segmento tendem a superar as de lojas de departamento e de móveis e decoração. O comércio eletrônico deixará de ser, no futuro, a nona força do varejo paulista para ficar em sétimo lugar”, explica o diretor-executivo da Fecomercio, Antonio Carlos Borges.

A expectativa é que as vendas on-line devem fechar o ano de 2010 com faturamento de R$ 14,3 bilhões, uma expansão de 35% em relação ao ano anterior.

Faturamento do varejo

Considerando lojas físicas e virtuais, os dados indicam que o faturamento total do varejo na Grande São Paulo, entre janeiro e julho, atingiu R$ 55,62 bilhões, o que representa um crescimento de 10%, no confronto com 2009.

No período, as lojas de eletrodomésticos e eletroeletrônicos registraram as maiores altas no varejo da Grande São Paulo, com expansão de 23,8% nas vendas, frente ao mesmo período do ano passado. Em seguida, aparece o setor de vestuário, tecidos e calçados, com crescimento de 15,7%.

Os supermercados apresentaram alta de 4,7% na mesma base comparativa, atingindo o maior faturamento do varejo, de R$ 18,98 bilhões.

Sobre o cenário em 2010, a Fecomercio estima que o setor apresente alta de 7%, sendo que comércio tradicional deve crescer menos do que a média (6,6%), enquanto o eletrônico deve registrar significativa expansão de 25%. Entretanto, a previsão pode ser comprometida pelo extenso ciclo de altas na taxa básica de juro (Selic), o que pode refletir nos custos dos empréstimos para pessoas físicas.

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